Quando
os eletrodomésticos ainda ensaiavam sua estréia
triunfal dentro das nossas casas, a instalação
elétrica se resumia a um simples passar de fios e
conduítes. Pois novos aparelhos surgiram e se
multiplicaram, fazendo com que a importância de
um serviço bem feito crescesse na mesma proporção.
Ninguém quer que, depois da obra concluída ou do
apartamento reformado, a luz continue variando
quando o microondas é ligado ou que o chuveiro não
possa ser acionado ao mesmo tempo em que a máquina
de lavar roupas, sob pena de desarmar o disjuntor
e deixar parte da casa às escuras. Como quase
tudo numa obra, a hora de evitar esses problemas
é antes da construção, no momento em que os
projetos arquitetônico e estrutural estão sendo
definidos. Afinal, tudo se interliga. A disposição
dos ambientes, a área construída, o pé-direito,
todos esses elementos têm influência direta
sobre o tipo de trabalho a ser feito e do material
a ser usado. Se a
hora é de economizar, pense em outros
departamentos em que poderá cortar gastos – na
instalação elétrica, definitivamente, não é.
Um projeto bem dimensionado, alicerçado em
materiais de qualidade, evita muito mais que
disjuntores desarmando: ele nos poupa de incêndios
e de choques elétricos, que podem causar
queimaduras e até matar.
Mãos
à obra
Ou
melhor, ao papel. Este é o momento de elaborar o
projeto, determinando quantas tomadas cada cômodo
deve ter, onde elas estarão, quantos pontos de
luz serão necessários – e qual a capacidade de
carga de cada um. Todos os sonhos (um home
theater, uma estação de microcomputadores) devem
constar da sua planta, ou será difícil concretizá-los
sem ter, mais tarde, de quebrar as paredes e
redimensionar potências.