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Não espere a casa ficar pronta para descobrir que as paredes estão tortas, que você comprou mais areia do que o necessário ou que o cimento estragou por contato com a umidade. As primeiras fases da construção são decisivas para evitar o problema.

Especialistas alertam que é preciso estar atento, logo no início da obra, se a mão-de-obra está executando os serviços de acordo com o que foi estipulado no projeto. O manuseio, o preparo e o armazenamento dos materiais também influenciam, e muito, no aumento do consumo. Segundo pesquisa realizada pela Escola de Engenharia da USP, os tijolos têm índice de perda de 9%, em média. Entretanto, esse número pode chegar a 48%, dependendo da qualidade do material e da competência da mão-de-obra.

As argamassas também disparam na frente, quando o assunto é esbanjamento. De acordo com a mesma pesquisa, elas são consideradas o item mais desperdiçado durante a obra. O engenheiro Ubiraci Espinelli de Souza, coordenador do estudo, explica que este tipo de material é muito usado na fase de acabamento para encobrir os erros das etapas anteriores - principalmente os defeitos de prumo e as paredes fora de esquadro. Mas, como não é possível reverter os prejuízos na fase de acabamento, a única alternativa para evitar o desperdício é racionalizar a construção. Veja como:

Exija um projeto bem feito

Uma construção tem início na fase de projeto. Ou seja, se tudo não for muito bem planejado, aumentam as possibilidades de erros e, conseqüentemente, de desperdícios durante a obra. Por isso, é fundamental contratar um arquiteto e definir, junto com o profissional, que tipo de espaços você quer construir, qual a metragem desejada e o resultado que espera.

Além de um planejamento detalhado, outro ponto importante é compatibilizar as medidas dos espaços com as dimensões dos materiais que serão aplicados na construção. Blocos ou tijolos de 40 cm de comprimento, por exemplo, serão otimizados se usados em paredes que tenham medidas múltiplas de 40. Caso contrário, será inevitável quebrar as peças para fazer ajustes.

Faça um orçamento detalhado

Todos os materiais devem ser especificados e suas quantidades calculadas antes do início da obra - item por item. Se você não puder contar com o suporte técnico de um arquiteto ou engenheiro para fazer esse trabalho, consulte os indicadores de consumo de material por área construída, oferecidos pelos jornais.

Contrate mão-de-obra qualificada

Se você preferir se responsabilizar pela contratação da mão-de-obra, em vez de deixar isso nas mãos de um arquiteto ou engenheiro, fique atento. Um serviço de má qualidade pode gerar consumo excessivo de material e, em alguns casos, ter que ser refeito. Por isso, peça referências, converse com pessoas que já passaram por essa experiência e, antes de se decidir, visite uma obra feita pelo profissional indicado.

Procure também registrar em contrato tudo o que foi combinado verbalmente. E, se possível, inclua uma cláusula em que o profissional se responsabilize pelo desperdício de material. Nesse caso, todos os itens devem estar especificados e as quantidades previamente calculadas.

Prefira produtos de boa qualidade

Materiais de construção de baixa qualidade são responsáveis por grande parte do desperdício em uma obra. Para se certificar de bons produtos, use o bom senso. Observe e compare, ainda no depósito, as condições de cada um dos materiais que você vai comprar. Blocos e tijolos de baixa qualidade, por exemplo, têm os cantos lascados e quebram com facilidade.

Fiscalize o recebimento de materiais

Verifique se o material de construção que está sendo entregue na obra corresponde exatamente ao que foi pedido. Confira o tipo, a marca, a quantidade e a qualidade dos produtos. Assim como você escolhe o arquiteto, escolha o fornecedor. Não compre só pelo menor preço. Procure a melhor relação custo-benefício do mercado e lembre-se: só compre a quantidade necessária para cada etapa da obra. Faça também uma comparação entre o consumo de material previsto no orçamento e o que está sendo efetivamente gasto.

Tenha cuidado na hora de armazenar

O cimento, por exemplo, deve ser estocado na embalagem original, em local fechado, e em pilhas de, no máximo, 10 sacos. Já a areia deve ser armazenada em um cercado de madeira, de preferência coberta por um plástico ou lona, e em local sem declividade – isso evita que ela escoe junto com a água das chuvas.

Um outro problema é a umidade. O cimento e a cal, de um modo geral, estragam e empedram quando em contato direto com o chão. Justamente por isso, o melhor é estocá-los sobre estrado de madeira, em locais fechados. Esses procedimentos evitam perdas, danos ou extravio de materiais.

Evite o vaivém de materiais

Transportar materiais de construção de um lado para outro da obra aumentam as estatísticas do desperdício. O melhor a fazer é armazená-los próximos aos locais onde serão utilizados. Uma dica: não carregar blocos e tijolos em carrinhos de mão que tenham as quinas arredondadas. O material pode quebrar em contato com as junções das laterais desse tipo de carrinho.

 Fonte:  Portal dos Alunos de Engenharia Civil - FURG

 

 

 

 

 

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